quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Carta de um bebê a sua mãe

Oi mamãe, tudo bom? Eu estou bem, graças a Deus. Faz apenas alguns dias que você me concebeu em sua barriguinha. Na verdade, não posso explicar como estou feliz em saber que você será minha mamãe, outra coisa que me enche de orgulho é ver o amor com que fui concebido.Tudo parece indicar que  eu serei a criança mais feliz do mundo!
Mamãe, já passou um mês desde que  fui concebido e já começo a ver como o meu corpinho começa a se formar,  quer dizer, não estou tão lindo como você, mas me dê uma oportunidade!

Estou muito feliz! Mas tem algo que me deixa preocupado...
Ultimamente me dei conta de que há algo na sua cabeça que não deixa dormir, mas tudo bem, isso vai passar, não se desespere.

Mamãe, já passaram dois meses e meio, estou muito feliz com minhas mãos e tenho vontade de usá-las para brincar...
Mamãezinha me diga o que foi? Por que você chora tanto todas as noites?? Porque quando você e o papai se encontram, gritam tanto um com o outro? Vocês não me querem mais ou o que? Vou fazer o possível para que me queiram..

Já passaram 3 meses, mamãe, te noto muito deprimida, não entendo o que  está acontecendo, estou muito confuso. Hoje de manhã fomos ao médico e ele marcou uma visita amanhã. Não entendo, eu me sinto muito bem... por acaso você se sente mal mamãe?
Mamãe, já é dia, onde vamos? O que está acontecendo mamãe?? Porque choras? Não chore, não vai acontecer nada...
Mamãe, não se deite, ainda são 2 horas da tarde, não tenho sono, quero continuar brincando com minhas mãozinhas.
Ei!!! O que esse tubinho está fazendo na minha casinha?? É um brinquedo novo?? Olha!!!!! Ei, porque estão sugando minha casa?? Mamãe!!! Espere, essa é a minha mãozinha!!! Moço,  porque a arrancou?? Não vê que me machuca?? Mamãe, me defenda!!!! Mamãe, me ajude!!!Não vê que ainda sou muito pequeno para me defender sozinho? Mãe, a minha perninha, estão arrancando!!! Diga para eles pararem, juro a você que vou me comportar bem e que não vou mais te chutar. Como é possível que um ser humano possa fazer isso comigo? Ele vai ver só quando eu for grande e forte.....ai.....mamãe, já não consigo mais.... ai.... mamãe, mamãe, me ajude....

Mamãe, já se passaram 17 anos desde aquele dia, e eu daqui de cima observo como ainda te machuca ter tomado aquela decisão. Por favor, não chore, lembre-se que te amo muito e que estarei aqui te esperando com muitos abraços e beijos.
  Te amo muito..... Seu bebê.

Tenhamos consciência. Digam NÃO ao aborto.

 
 O aborto é ASSASSINATO.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

A DISCUSSÃO DO ABORTO


 
O aborto no Brasil é que nem gosto, não se discute. É impressionante a relutância, sobretudo dos católicos, em discutir essa questão. O que mais me surpreende é que países civilizados e religiosos como Itália, França, Estados Unidos e outros, inclusive Portugal, mais recentemente, descriminalizaram o aborto e continuam inteiros. Não foram, atacados pelo demônio nem se detectou alguma matança coletiva de criancinhas. Apenas se confirmou o direito das mulheres a recorrerem ao aborto quando por algum motivo não conseguiram evitar uma gravidez indesejada. Aborto, insisto, não é um método contraceptivo, é um último recurso para se tentar evitar algo que não se deseja e que inclui a felicidade futura de uma criança e de sua mãe. Se aqui no Brasil é tabu para a igreja falar de camisinha, de métodos contraceptivos, imaginem discutir o aborto. Na última reunião da 13ª Conferência Nacional de Saúde, os representantes católicos conseguiram não só derrotar o projeto de lei que acabava com criminalização da mulher que pratica o aborto, como boicotaram qualquer possibilidade de discussão sobre o assunto. Nada democrático, direi. Recusar-se a discutir questões remete a Igreja à época das trevas, quando perseguia hereges, bruxas e infiéis, coisa que não se adequa aos dias de hoje, a menos que a Igreja queira se manter nas trevas. Lembrem que ela já andou pedindo desculpas sobre erros do passado. Vamos esperar quanto tempo para questões como o uso de preservativos para se evitar a contaminação por doenças sexualmente transmissíveis como a Aids, sejam discutidas e aceitas pela igreja? Quantas mulheres, sobretudo as mais pobres, terão que morrer nas mãos de clínicas de fundo de quintal, antes que um governo laico e corajosos decida enfrentar de modo moderno essa questão. Infelizmente as mulheres não deixarão de abortar porque a Igreja discorda. Poderão sim, abortar de modo civilizado e seguro, se a felicidade e o direito de cada um estiver acima de questões éticas e religiosas discutíveis. Eu disse, discutíveis. A Igreja, nem isso diz.

(Miguel Paiva)

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Debate


Legalização do aborto
Poderia falar da legalização do aborto, falar sobre meu ponto de vista, desprezar aqueles que o apóiam ou apoiá-los, dizer muitas coisas, mas prefiro que você me diga isso, prefiro que você fale sobre a legalização do aborto, fale sobre seu ponto de vista, que aprove ou desaprove o aborto. Como? No final da postagem você poderá fazer isto.
Antes vou ressaltar alguns pontos, propor minhas idéias e esclarecer alguma duvida.
Os argumentos
O primeiro é a favor da legalização do aborto; o segundo é contra.
Primeiro temos o argumento de que continuarão a ser realizados abortos, quer o aborto seja descriminalizado ou não, pelo que mais vale descriminalizar e, deste modo, fornecer melhores condições às mulheres que desejem abortar.
Resposta (2º):
Roubar é crime, mas há roubos na mesma. Por isso, o melhor é descriminalizar o roubo e, deste modo, fornecer melhores condições aos pobres ladrões, para que não rasguem as calças no arame farpado nem incorram no risco de tropeçar e partir uma perna quando fogem da polícia.
Ao usar o argumento de que "as pessoas fá-lo-iam na mesma" para tentar justificar a legalização do aborto, os defensores da legalização estão, pura e simplesmente, a fugir à questão.
O argumento feminista
O argumento feminista de que o corpo é das mulheres, pelo que as mulheres é que sabem o que hão de fazer com ele nunca dizem se o feto tem, ou não, o direito à vida. Esta é uma falha grave pela seguinte razão: se o argumento das feministas fosse, simplesmente, o de que "o corpo é da mulher, a mulher é que sabe o que há de fazer com ele", então isso implicaria que seria moralmente permissível abortar até no nono mês. Afinal, no nono mês a criança ainda está no ventre da mãe. As feministas podem agora aceitar esta conclusão, ou rejeitá-la. Imaginemos que a aceitam. Nesse caso, ficam com a dificuldade de explicar porque é que não podemos matar uma criança recém-nascida. Afinal, podíamos matá-la dois minutos antes, mas agora já não? Isso parece extremamente arbitrário. Imaginemos agora que as feministas rejeitam a conclusão de que é moralmente permissível abortar no nono mês. Nesse caso, terão de nos dizer a partir de que altura é que o feto, ainda na barriga da mãe, começa a ter o direito à vida. Independentemente de como escolham responder a este problema, uma coisa é certa: ao admitir que não seja moralmente permissível abortar no nono mês, uma feminista terá acabado de abandonar o argumento de que "o corpo é da mulher, a mulher é que sabe o que há de fazer com ele".

Direito à vida a partir de quando?
Sobre o defensor da legalização do aborto recai o fardo de explicar em que altura o feto passa a ter o direito à vida, dado que temos de aceitar que tanto um ser humano adulto como uma criança recém-nascida têm o direito à vida.
Há vários critérios propostos na bibliografia: concepção; implantação; forma humana; aceleração; atividade cerebral inicial; atividade organizada do córtex cerebral; e viabilidade.
Concepção
A fertilização é um processo gradual que demora cerca de 20 horas.
Implantação
A implantação é a altura em que aquilo que virá a ser o feto se "agarra" à parede do útero. Isto geralmente acontece seis a oito dias após a fertilização
Forma humana
O feto começa adquirir forma humana por volta das seis a oito semanas.
Aceleração
Normalmente, a mãe começa a aperceber-se dos movimentos do feto por volta das 16/17 semanas após a fertilização.
Atividade cerebral inicial
Na maior parte dos casos, o feto começa a revelar indícios de atividade cerebral entre as seis e as dez semanas.
Atividade organizada do córtex cerebral
De acordo com uma estimativa conservadora, o feto começa a ter atividade organizada do córtex cerebral algures entre as 25 semanas e as 32 semanas.
Viabilidade
Diz-se que um feto se torna viável quando pode sobreviver fora da barriga da mãe (ainda que com recurso a cuidados médicos), o que acontecerá algures entre as 20 e as 23 semanas.
De a sua opinião. Em seu comentário me diga a partir de quando o futuro “ser vivo” tem direito a vida (concepção; implantação; forma humana; aceleração; atividade cerebral inicial; atividade organizada do córtex cerebral; e viabilidade).
>>>Sua resposta será discutida daqui a uma semana, participe opine critique.<<<


Texto produzido a partir de:

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Legislação sobre o Aborto


A legislação sobre o aborto, dependendo do ordenamento jurídico vigente, considera o aborto uma conduta penalizada, atendendo a circunstâncias específicas. 
As situações possíveis vão desde o aborto considerado como um crimi contra a vida humana, ao apoio estatal à interrupção voluntária da gravidez a pedido da grávida sob determinadas circunstâncias.

 Aborto no Brasil
O aborto no Brasil é tipificado como crime contra a vida pelo Código Penal Brasileiro, prevendo detenção(prissão) de 1 a 10 anos, de acordo com a situação.
O artigo 128 do Código Penal dispõe que não se pune o crime de aborto nas seguintes hipóteses:

1. quando não há outro meio para salvar a vida da mãe;
2. quando a gravidez resulta de estupro.

 
O artigo 2º do Código Civil Brasileiro estabelece, desde a concepção, a proteção jurídica aos direitos do nascituro, e o artigo 7º do Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe que a criança nascitura tem direito à vida, mediante a efetivação de políticas públicas que permitam o nascimento.
 A legalização do aborto, no Brasil, ainda está em votação.

Em 19 de maio de 2010, foi aprovado pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados o Estatuto do Nascituro, que visa proibir o aborto em todas as circunstâncias, afastando inclusive os casos de aborto sentimental.

 
Perfil da mulher que aborta no Brasil

Entre 18 e 39 anos, de cada 100 mulheres 15% já fez aborto e entre 35 e 39 anos de cada 5 uma já o fez. A região que apresenta o maior número de abortos é a Nordeste e a menor a Sul. 
Entre 18 e 19 anos 1 em 20 já realizou o aborto.

* Geralmente utilizam misoprostol (Cytotec) de 50 a 80%;
* Tem entre 20 e 29 anos;
* São predominantemente da religião católica, seguidas de protestantes e evangélicas;
* Estudam em média de 8 anos;
* União estável (70%);
* Possuem um filho em média.


  Legislação

* Aborto com consentimento da gestante, artigo 126 do Código Penal Brasileiro
* Aborto provocado por terceiro, artigo 125 do Código Penal Brasileiro

Bibliografia

VV. AA - Aspectos éticos e legais do aborto no Brasil. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP)/FUNPEC, 2005. ISBN 8587528831 

veja as fotos abaixo: